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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

The Truth : Suas memórias não estão mais seguras.

Aviso: Esse será o último capítulo que eu irei postar solto no blog, no meio de outras postagens. A partir de agora, toda a história estará em uma página separada, que você pode acessar olhando para cima, do lado de onde está escrito "A Autora". Estando em uma página separada, não dará para comentar então please, deixa um recado falando sobre o que você achou do último capítulo na minha Cbox. Lembrando que essa medida é temporária. Vamos ver como será. Apenas não deixem de me falar o que estão achando. Afinal, isso é o que me faz continuar. Ah, a foto é por causa de uma frase dita neste capítulo. Enjoy.



Capítulo Três


- Sente-se. – foi a frase que me recebeu. E eu, obedientemente, sentei. Não havia a menor chance de não colaborar com o que quer que fosse. Nesse ponto, eu estava totalmente perdida.
- E então querida, como estamos passando hoje hein? – disse uma mulher, sentada atrás de uma grande bancada. Ela era alta, loira, com cabelos ondulados que pareciam brilhar. Tinha olhos azuis e um grande sorriso, que se mostrava convidativo, porém não chegava aos olhos. Estranho como todos aqui eram bonitos. Olhar para as pessoas daqui estava se transformando em um baita golpe na auto-estima. Ouch.
- Hum, bem eu acho... – respondi, deixando escapar a primeira frase que me veio à cabeça.
- Bom, não era para menos. – disse a mulher, arrumando-se melhor na cadeira. – Afinal, seu acidente foi realmente grave não é mesmo?
- Bem, pra falar a verdade, eu não sei. Todos se recusam a me dizer. Talvez você possa me falar. – disse, com ênfase no “você”.
- Primeiro vamos ao seu exame. Há muitas pessoas lá fora, no corredor, esperando para serem atendidas. E não queremos nos demorar. – disse ela, se levantando e indo em direção a um gabinete. Só agora eu reparava na sala. Era grande, porém mal iluminada. Pesadas cortinas de veludo cor de vinho não deixavam passar um raio de sol. Por algum motivo, aquilo me inquietava. Era quase claustrofóbico. A mesa em que a mulher estava sentada era grande e estava lotada de papéis. Combinada com a cadeira de couro preta onde estava sentada parecia a sala de um executivo. Daqueles realmente ricos. À direita, havia um gabinete grande e preto, de onde a mulher retirou um frasco com um líquido azul. E a esquerda, uma máquina, que deveria ser para o exame. Espere um momento. Líquido azul?
- Mas porque está tão séria? - disse ela,vendo que eu estava inspecionando o lugar. Essa frase não era do Coringa? - Bem querida, não fique parada aí. Sente-se na máquina. Fique a vontade. – disse ela, gesticulando para a monstruosidade a minha esquerda. Não me lembro de ter visto alguma vez uma máquina tão grande. Pelo menos, não para fazer radiografias.
Fui me dirigindo para a máquina, onde me sentei e me acomodei. Enquanto isso, toda a minha conversa com o homem delirante do corredor passava pela minha cabeça. Líquido azul. Não tomar. Certo. Não é? A verdade é que estava em um dilema. Em que acreditar? Ou melhor, em quem? Em Agatha e no louco do corredor, ou... bom, ou no resto das pessoas,que me chamavam de querida e que, pelo o que vi, viviam sorrindo. Meu cérebro estava dividido em duas partes. Na parte boazinha, que me dizia para acreditar em todos menos na Agatha e no louco do corredor, que eu deveria ser prestativa e que deveria colaborar. E na parte má, que mandava a boazinha calar a boca.
- Esse líquido faz parte do exame e você terá que tomá-lo Suzannah. – disse a mulher. Peraí, como ela sabia meu nome? O lado mal entrou em polvorosa.
- Co- como a senhora sabe meu nome? – perguntei, antes que pudesse conter as palavras.
- Ah querida, não precisa me chamar de senhora. Sou a Dra. Hotchkins. Mas pode me chamar de Valerie. – disse, sorrindo. Por um minuto, quase acreditei naquele sorriso. Quase.
- Valerie. Certo. Hum... Valerie, como sabe meu nome? – perguntei, sem jeito. A verdade é que eu estava tentando ganhar tempo. Tentando decidir se escolhia o lado bom ou o lado ruim do meu cérebro. O lado ruim estava ganhando de lavada.
- Enquanto estava em coma, fui sua médica querida. Fui eu quem cuidou de você, ministrou seus remédios, verificou seus sinais vitais. Basicamente, eu sou grande parte da razão de você estar aqui hoje. – Valerie sorriu. Não gostava daquele sorriso. Tinha algo de perturbador. Ou talvez, eu estava ficando paranóica. Como o homem do corredor.
- Obrigada... eu acho... – murmurei. Talvez eu estivesse ficando mesmo paranóica. Talvez eu estivesse completamente enganada e todos aqui estavam querendo me ajudar. Talvez, estivesse me preocupando a toa, enquanto deveria tentar colaborar ao máximo. Talvez, Lílian e Kourt fossem meus pais e eu tivesse sofrido um grave acidente. “É e talvez Elvis não tenha morrido” falou o lado mal do meu cérebro. Droga, eu não conseguia chegar a uma conclusão. Meu cérebro parecia um ringue de boxe.
- Não há o que agradecer querida. – disse Valerie, obviamente sorrindo. – Agora, vamos começar o seu exame não é? Primeiro, beba o líquido. Ele é um corante que irá nos ajudar a ver melhor os resultados da sua radiação. É como uma anestesia geral. Você dormirá durante o exame e acordará no quarto. Tudo muito simples.
E agora, o que fazer? Minha cabeça estava a mil, ambos os lados gritando suas opiniões para mim. “Corra!”. “Não, fique e faça o exame!”. “Não beba esse troço!” “Beba!”. “Essa mulher é má!”. “Ela só está ajudando. Ela te trouxe de volta do coma!”. Ai. Logo, logo, teria uma enxaqueca. Das grandes.
- Vamos querida. – disse Valerie. – Quanto menos demorarmos, mais rápido será o exame e mais rápido poderemos tirar você do hospital. – ela me estendeu o frasco, o líquido azul brilhando dentro dele.
Ah Meu Deus, o que eu fazia? Não poderia sair correndo, me pegariam facilmente. Também não poderia gritar por ajuda, pois ninguém me ajudaria. Na verdade, eu provavelmente ganharia um sossega leão e uma hora na ala psiquiátrica. Também não queria tomar o líquido. O que aconteceria comigo? De repente, me dei conta. Não sabia o que aconteceria comigo, mas com certeza não poderia ser pior do que ficar em coma. Para quem ficou 4 meses, tomar um treco azul era fichinha. Talvez eu me transformasse em um Smurf no final.
- Suzannah querida, ande logo. –disse Valerie, já impaciente. – É apenas uma radiografia querida. Tudo isso é apenas para o seu bem, para te ajudar. Façamos assim: Faça o exame e quando você acordar prometo que responderei pessoalmente todas as suas perguntas. Não negarei respostas. Mas tome o corante. Não se preocupe, é tão rápido que não dá para reparar. Será como se não tivesse acontecido. – ela me estendeu o frasco novamente, dessa vez decidida.
E o que eu poderia fazer? Dar um tapa na cara dela? Sair correndo? Não no meu estado de recém saída do coma. Seria infantil e muita burrice tentar. Nesse momento, eu não tinha chance a não ser colaborar.
Então, engoli meus medos e meus piores temores, tranquei o lado mal do meu cérebro em uma gaveta e joguei a chave fora, respirei fundo e peguei o frasco. Olhei para o líquido azul brilhante enquanto repetia mentalmente: “Será como se não tivesse acontecido, será como se não tivesse acontecido...”. O lado ruim do meu cérebro, agora em quarentena até tentou se manifestar, mas eu não dei ouvidos. Encostei o frasco nos lábios e olhei para Valerie. Ela me olhava ansiosamente. E então, sem pensar em mais nada e ávida por calar as vozes em minha cabeça, entornei o vidro. O líquido desceu pela minha garganta, minha visão ficando instantaneamente turva. E então, afundei em meu subconsciente.
A última coisa de que me lembro é dos lábios de Valerie abrindo-se em um sorriso.

7 comentários:

  1. Giovana, a tua história está o máximo, estou curtindo bastante aqui. Adoro esses mistérios e metáforas que usas. Está muito boa mesmo.

    Espero ansiosa pela próxima parte :)

    Beijos.

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  2. ooi flor estou te seguindo.
    beijão.
    http://agathasplace.blogspot.com/

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  3. O myyyy gooood! OPOASPA' poxa gi, eu já estou melhor, e agora já posso voltar a mergulhar minhas mãos no teclado *u*, mais as drogas das aulas voltaram né, então nem tenho tempo também, rs. E quanto a sua história? ta melhor que a minha, sério, não querendo ser puxa saco, mais a sua história ta EXECELENTE! Eu to amando, você escreve muito bem, tem uma criatividade suuuuuuuper boa que não acaba nunca, rs. Você me lembra a Alyson noel, a autora da saga os imortais, eu to no terceiro livro dela e vc escreve igualzinha a ela. Enfim, voltando a sua história, ela está de mais mesmo, e não vejo a hora do próximo capitulo... Eu demorei pra vim comentar por que estava viajando e também a burra aqui deixou os comentários bloqueados pra eu visualizar e depois publicar né, ai eu tinha esquecido, eu entrava td dia pra ver se tinha comentário, e não tinha, fiquei 1 semana sem ve os comentários, fiquei morrendo de vergonha, pensando: Eles odiaram minha história q até nem comentaram. kkkk
    Enfiiiim, estou super hiper curiosa pra ver o próximo capitulo, e me fla uma coisa, vai ter um galã na sua história né? *--* OPAOSPAS'
    Ah, e minha história, obrigada mesmo pelo seus elogios, eu me emocionei de vdd, se a minha história virar livro, com certeza você vem junto *-* ... O próximo capitulo já esta vindo, como você sabe, demoro uma eternidade pra postar, por que minha criatividade é mt teimosa, e demora pra vim sabe? kk. Nossa, to falando muito né? Já vai virar uma história esse meu comentário PSAOS'.

    Continua assim, viu? Vc vai longe flor. =)
    E posta logo, e n me esquece de avisar lá viu. *-*
    Xoxo.

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  4. Preciso ler os outros capitulos pra entender. Mais adorei seu blog querida, beijo! Estou seguindo.

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  5. Passei pra dizer que tem um selinho para você lá no blog :D

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  6. Tem (vários)selos pra você lá no meu blog:

    meninasegredos.blogspot.com

    Bjaum.*.*.

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  7. Noooossa Giih que mancada,esqueceu de me avisar em:(.
    Tudo bem eu te perdoô...
    Muito foda !!!

    Não esquece de me avisar dá próxima em !
    Beijos !
    http://estou-lendo.blogspot.com

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