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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Lonely Hearts Club.

Aviso: O próximo capítulo de The Truth será postado domingo



Quem nunca sofreu por um garoto? Ficou na frente do telefone mandando mensagens telepáticas para ele te ligar, se vestiu para um encontro pensando se ele iria gostar, mudou o cabelo/a cor da blusa/ o jeito de comer/ a personalidade por causa de um menino? Se você está lendo esse post e não se identificou com pelo menos um dos fatos acima, você tem minha admiração. O que eu percebi de uns tempos pra cá foi: Por que?
Eu admito: já mudei de roupa pensando se o garoto ia gostar e mandei mensagens telepáticas para ele. O engraçado é que, na hora que fiz isso, não percebi a birrazice (isso existe?) do ato. Eu estava deixando de usar o que eu gosto, perdendo o meu tempo, para imaginar possibilidades. Por que ele não ligou? Como será que eu estou? Será que ele vai gostar? Será que ele vai odiar? Enfim, eu estava me baseando por ele. E eu? E nós blogueiras? Porque não nos concentrar no que nós achamos de bom. Perceberam a diferença?
Quando somos crianças, estamos pouco nos lixando para o que os outros pensam. Não vamos ao parquinho com a calça combinando com a blusa (normalmente é o contrário. Obrigada mãe, por combinar minha blusa rosa com aquela calça amarela!). Vamos confortáveis, com o cabelo igual ao da Amy e o nariz escorrendo. E, se algum amigo encontra a gente assim, bom, a gente chama ele pra brincar. A verdade é: nós não ligávamos para a opinião alheia. Eu acho que em algum momento do meu amadurecimento eu esqueci disso.
E é exatamente por este motivo que o livro Lonely Hearts Club se tornou meu favorito do mês. Admito que quando vi que estava escrito "porque ninguém precisa de namorado para ser feliz" na capa, achei que fosse um livro de auto-ajuda, mas resolvi dar uma chance (thank God!). Eu não poderia estar mais errada! Aqui vai uma pequena sinopse:
Penny Lane Bloom cansou de tentar, cansou de ser magoada e decidiu: homens são o inimigo. Exceto, claro, os únicos quatro caras que nunca decepcionam uma garota — John, Paul, George e Ringo. E foi justamente nos Beatles que ela encontrou uma resposta à altura de sua indignação: Penny é fundadora e única afiliada do Lonely Hearts Club — o lugar certo para uma mulher que não precisa de namorados idiotas para ser feliz. Lá, ela sempre estará em primeiro lugar, e eles não são nem um pouco bem-vindos. O clube, é claro, vira o centro das atenções na escola McKinley. Penny, ao que tudo indica, não é a única aluna farta de ver as amigas mudarem completamente (quase sempre, para pior) só para agradar aos namorados, e de constatar que eles, na verdade, não estão nem aí. Agora, todas querem fazer parte do Lonely Hearts Club, e Penny é idolatrada por dezenas de meninas que não querem enxergar um namorado nem a quilômetros de distância. Jamais. Seja quem for. Mas será, realmente, que nenhum carinha vale a pena?

Eu não sei vocês, mas eu amei! Principalmente o fato dos Beatles estarem envolvidos (long live the Beatles)! Para mim, LHC se tornou mais do que um livro. Virou uma filosofia. Um modo de pensar em si mesma. Um "wake up call"! Ok parei! A questão é: ele me lembrou de mim. Porque por incrível que pareça, eu havia me esquecido. Literalmente.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eu volteeeeei!

Eu sei que faz muito tempo que eu não posto mas eu literalmente estou me matando de estudar. No meio de provas bimestrais fica difícil de pensar em qualquer outra coisa. Então, pra não abandonar o blog, porque só falta passar aquela bola de poeira do velho oeste pela página, vou fazer este post rapidinho. E ainda essa semana vou postar um novo capítulo de The Truth! Fiquem ligados momento Video Show



Procurando por um pouco do perdão de Deus, eu encontrei a razão de viver.

Bruce Springsteen

domingo, 15 de maio de 2011

The Truth: Suas memórias não estão mais seguras.

Nota: Eu deletei o post anterior (o Desabafo Master) por duas razões: 1ª Porque, depois de pensar bem, eu não estava tão brava quanto parecia, era mais um descarrego de tudo, com toda a raiva centrada naquele momento. 2ª As pessoas que falaram comigo já pediram desculpas e eu já as desculpei, então não tinha motivo daquele post ainda existir, já que o momento havia passado. Ah, e obrigada (sim, obrigada!) as pessoas anônimas que comentaram naquele post porque, apesar de eu não gostar que comentem anônimo, foram críticas boas e que no mesmo dia em que eu fiz o post, já havia pensado.

Atenção: Não existe mais a página onde eu postava as histórias! Agora eu "modernizei" tudo e então você pode acompanhá-la direitinho pelo link ao lado onde está escrito: The Truth!

Aleluia saiu! Eu não tenho como pedir desculpas pelo tempo que fiquei sem atualizar a história. Prometo que isso não vai acontencer de novo! Espero que vocês curtam esse capítulo do jeito que eu curti. See ya!



Nota: Esse capítulo é meio enrolado para entender. Então, leia com cuidado senão você se perde!

Capítulo Quatro


4h 13 am

- Suzannah! Suzannah! – gritava o anjo. – Eu te falei não foi! Porque você fez isso Suzannah? Por quê?
- O que foi que eu fiz? – eu não entendia. O que havia feito de errado afinal?
- Esqueceu a verdade Suzannah. Deixou que ela fosse embora. Eu te pedi para lutar, para não esquecer!
- Mas eu não sei do que você está falando! – a expressão do anjo me deixava desesperada. Porque ele estava tão bravo comigo. Aquele rosto tão bonito estava com a feição errada. Eu o conhecia afinal. Só não sabia de onde.
- Olhe Suzannah, olhe o que você fez! – gritou o anjo. E em um piscar de olhos, a paisagem escura a minha volta foi substituída por outra.
Um campo de concentração. Pessoas andando em fila. Soldados. Um homem com uma expressão sombria carregava um carrinho. Um carrinho lotado de roupas de criança. Uma menina parou na minha frente. Devia ter no máximo quatro anos. Mesmo suja de terra era linda. Ela me olhou com olhos suplicantes e continuou a seguir a fila. Parou poucos metros depois. Virou-se para mim novamente. Uma lágrima escorreu pela sua face. Um gesto de adeus. Uma soldada que segurava uma arma postou-se na sua frente e levantou a cabeça. A soldada era eu. E então, o tiro foi dado.
Acordei gritando e me deparei com o escuro. Estava sentada em algum lugar macio. Uma cama talvez. Não tive tempo para pensar. Precisava correr. Precisava salvar a menina. Pulei, batendo os pés no chão frio. Corri para a porta e escancarei-a. Olhei para o corredor vazio na minha frente e corri para a direita. Não sabia onde estava indo, mas não podia ficar parada. Tinha que salvá-la, antes que fosse tarde demais.
Meus pés protestavam. Ao que parecia, fazia um certo tempo que eles não eram usados. Não me importei. Uma saída. Aleluia. Corri mais rápido. Faltavam poucos metros. Segurei a maçaneta e abri a porta. Um barulho alto e eu estava no chão. Olhei para cima, para ver o que havia acontecido e vi o que me acertou. Eu sorria, enquanto segurava uma arma.

Acordei sobressaltada. Olhei em volta, tentando me localizar. Uma mulher, sentada em uma poltrona, sorria hesitante para mim. Eu a conhecia. Era Lílian o seu nome. Mas não me lembrava de tê-la visto alguma vez.
- Suzie querida! – disse Lílian com alívio. – Que bom que acordou. Eu e seu pai achamos que você não iria mais levantar.
Sentei-me e olhei em volta. Estava em um quarto. E que belo quarto era aquele. Havia uma escrivaninha de mogno, uma penteadeira antiga e a cama onde me encontrava era grande e tinha um dossel. As paredes estavam pintadas em um tom de creme, tirando a parede que ficava atrás da cama, que estava pintada de lilás. Era lindo, muito bonito. Algo em minha cabeça me disse que aquele era o meu quarto.
- Bem, não fique aí o dia todo querida. Venha, vamos tomar café. Seu pai já está esperando. –disse Lílian, oferecendo-me a mão.
Desci a escada, ainda confusa. De algum modo, sabia que aquela era a minha casa, mas tudo parecia estranho. Não me lembrava de um único objeto sequer, mas de alguma maneira, meu cérebro sabia que ele estava ali. Decidi que não me incomodaria com isso naquele momento. Eu estava com fome de qualquer maneira. Chegando à cozinha, recebi um bom dia de um homem do qual não me lembrava de ter visto, porém sabia que se chamava Kurt e que era meu pai. Decididamente eu estava esquisita naquela manhã. Mas ambos estavam sendo tão gentis comigo, que tranquei minhas dúvidas em uma gaveta e joguei a chave fora.
Comi mais do que podia agüentar. No final do café, minha barriga protestava. Eu comera tudo o que me ofereceram, como se não comesse comida decente há dias. Papai e mamãe, como decidi que os chamaria, aprovaram meu furor.
- Agora só falta uma coisa. – disse mamãe. – Não me esqueci do suco de mirtilo que você me pediu.
Ela me estendeu um copo que continha um líquido azul. Mirtilo, ela dissera. Segurei o copo, agradecendo. Meu cérebro queria que eu tomasse o suco. Era como se ele achasse que fosse vital para mim. Encostei o copo nos lábios. Nesse momento, uma parte remota da minha cabeça se mexeu, dizendo para eu não beber. Era uma parte pequena, distante. Eu não lhe dei ouvidos. Já tinha dúvidas demais para um dia. Entornei o copo, bebendo todo o conteúdo. Era doce demais, mas mesmo assim agradeci à minha mãe. Afinal, ela disse que eu pedira. E, de acordo com o meu cérebro, eu deveria ser boa com Lílian e Kurt.
O resto da semana passou tranquilamente. Aos poucos, eu começara a me familiarizar com a casa e com isso, as dúvidas foram indo embora. Todo o dia, era a mesma rotina. Incluindo o suco de mirtilo. Mesmo quando eu realmente não queria, mamãe insistia para que eu tomasse. E assim eu fazia. Naquela manhã, ela me pediu que ligasse para uma senhora chamada Honoria, que de acordo com ela, era nossa vizinha. Como não sabia o telefone, fui consultar a lista telefônica. Passado algum tempo, encontrei o número. Quando a linha estava chamando, olhei distraidamente para o nome que estava abaixo do de Honoria. Hospital Sendridge.
Imagens invadiram a minha cabeça com tanta força que eu arfei. Tudo voltara. O hospital, o doutor Reynolds, o corredor, Agatha, o líquido azul, os lábios de Valerie se abrindo em um sorriso, o anjo e a garota. Uma lágrima escorreu pelos meus olhos. Meu cérebro estava em polvorosa. Nada mais fazia sentido. A verdade era, eu estava com medo. Morrendo de medo.
- Alô. – uma voz disse pelo telefone que agora estava no chão. – Alô? – disse a voz novamente. - Num átimo, coloquei o telefone no gancho.
- Suzie querida, já ligou para Honoria? – perguntou Lílian do andar de cima. De repente, soube o que deveria fazer. Dirigi-me silenciosamente para a porta de entrada, abri-a e sai. E então, saí correndo, não me importando para onde, sabendo apenas que tinha que sair de perto da casa, de Lílian e Kurt, das lembranças, de tudo. Nunca iria acabar não é mesmo?

terça-feira, 19 de abril de 2011

5 Coisas...

Fala aí povo brasileiro que gosta de açaí!! *muitofail

Soooo, faz um certo (muuuito) tempo que eu não posto! Reclame com a minha escola! Eu literalmente não tenho tempo para nada! Acabei de passar por uma fase de provas (ninguém, eu repito ninguém, merece passar por isso) e agora, é "só" lição e trabalho. Hoje eu ia para a academia para livrar a minha mente da culpa de não ter conseguido ir esse ano ainda (graças a minha linda escola que deve me achar superdotada), mas infelizmente eu fiquei minha tarde inteira fazendo o que??? LIÇÃO! FUUUUUUUUUUUU


E eu, ingenuamente, tinha feito um acordo com uma amiga minha de que iríamos pegar mais leve esse ano, para ano que vem, estarmos com o pique todo para o vestibular... hahaha Tá dando móóóinto certo....
Mas enfim gente, como não vai dar para postar a continuação de The Truth - aliás, vocês ainda querem continuar lendo a história? comentem para eu saber se vai realmente valer a pena eu postar ou não- hoje e eu sinceramente não sei quando, mas se um dia eu tiver uma fresta/momento eu posto, decidi falar rapidinho sobre 5 coisas que vocês não sabem sobre mim!
So let's go:

1- Eu morro, repito, morro de medo de aranhas! Eu literalmente tenho um treco quando vejo uma. Mas ultimamente tenho aprendido a controlar minha raiva...


2- Cortei o cabelo (que quase sempre foi grande) curtííííssimo, muito parecido/igual ao da P!nk!


3- Eu durmo no escuro total! No maior breu. Mas qualquer barulho, eu me assusto... fail, eu sei.


4- Eu sou meio/totalmente esquisita no sentido de ser quem eu sou, como eu quero. Ainda me preocupo muito com o que os outros dizem, mas estou melhorando. Estou mais orgulhosa de mim (como todos sempre deveriam ser).


E finalmente:

5- Eu amo dançar e cantar. Então, todo dia arrumo um tempo, nem que seja 10 minutos, pra pular feito uma retardada pelo meu quarto! Faço mesmo! Tira o stress!


Então por hoje é só! That's all folks! Agora eu quero saber de vocês!!! Comentem me falando algo que eu não sei! Tell me something I don't know!hehehe Se cuidem!

Bites and Kisses

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sigam as Aranhas!

"Sigam as aranhas... Porque não: Sigam as borboletas?"


Eu te entendo Rony! Eu te entendo!

P.S: 100 Seguidores!!! UOU!



Valeu povo! Tô mais feliz que filho de barbeiro em quermesse! LOL

domingo, 13 de março de 2011

5 minutos pelo Japão!

Primeiramente, tem muita gente me mandando e-mail perguntando quando sairá a continuação de The Truth! A resposta é: Sei lá! Infelizmente eu edtou lotada/abarrotada/nãoaguentomais de lição/provas/simulados/enfim... e isso está me impossibilitando de continuar a história. Apesar de tê-la pronta no fundo da minha cabeça, esta (a minha cabeça) está tããão cheia de coisa que aposto que daqui a alguns dias vai explodir. Então, basicamente, quando eu conseguir respirar realmente, eu posto a continuação!


Agora, o mais importante: Todos sabemos da catástrofe que ocorreu no Japão (espero eu! se você não está sabendo, faça um favor a si mesmo e just google it!) e, apesar de não termos sentido nada, as pessoas de lá e familiares destas sentiram. Então eu peço apenas uma coisa: Vamos rezar. Não importa sua religião, se você acredita em Deus ou não. Nem eu e provavelmente nem os japoneses ligam. O importante é que você tire 5, 2 minutos do seu dia e apenas peça. Se você não sabe o que falar, apenas fique em silêncio. O Japão necessita de toda a energia positiva que conseguirmos mandar!!

Força Japão! Aguenta firme! そこに留まっていてください (não sei se está certo!)

Bites and Kisses

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

The Truth : Suas memórias não estão mais seguras.

Aviso: Esse será o último capítulo que eu irei postar solto no blog, no meio de outras postagens. A partir de agora, toda a história estará em uma página separada, que você pode acessar olhando para cima, do lado de onde está escrito "A Autora". Estando em uma página separada, não dará para comentar então please, deixa um recado falando sobre o que você achou do último capítulo na minha Cbox. Lembrando que essa medida é temporária. Vamos ver como será. Apenas não deixem de me falar o que estão achando. Afinal, isso é o que me faz continuar. Ah, a foto é por causa de uma frase dita neste capítulo. Enjoy.



Capítulo Três


- Sente-se. – foi a frase que me recebeu. E eu, obedientemente, sentei. Não havia a menor chance de não colaborar com o que quer que fosse. Nesse ponto, eu estava totalmente perdida.
- E então querida, como estamos passando hoje hein? – disse uma mulher, sentada atrás de uma grande bancada. Ela era alta, loira, com cabelos ondulados que pareciam brilhar. Tinha olhos azuis e um grande sorriso, que se mostrava convidativo, porém não chegava aos olhos. Estranho como todos aqui eram bonitos. Olhar para as pessoas daqui estava se transformando em um baita golpe na auto-estima. Ouch.
- Hum, bem eu acho... – respondi, deixando escapar a primeira frase que me veio à cabeça.
- Bom, não era para menos. – disse a mulher, arrumando-se melhor na cadeira. – Afinal, seu acidente foi realmente grave não é mesmo?
- Bem, pra falar a verdade, eu não sei. Todos se recusam a me dizer. Talvez você possa me falar. – disse, com ênfase no “você”.
- Primeiro vamos ao seu exame. Há muitas pessoas lá fora, no corredor, esperando para serem atendidas. E não queremos nos demorar. – disse ela, se levantando e indo em direção a um gabinete. Só agora eu reparava na sala. Era grande, porém mal iluminada. Pesadas cortinas de veludo cor de vinho não deixavam passar um raio de sol. Por algum motivo, aquilo me inquietava. Era quase claustrofóbico. A mesa em que a mulher estava sentada era grande e estava lotada de papéis. Combinada com a cadeira de couro preta onde estava sentada parecia a sala de um executivo. Daqueles realmente ricos. À direita, havia um gabinete grande e preto, de onde a mulher retirou um frasco com um líquido azul. E a esquerda, uma máquina, que deveria ser para o exame. Espere um momento. Líquido azul?
- Mas porque está tão séria? - disse ela,vendo que eu estava inspecionando o lugar. Essa frase não era do Coringa? - Bem querida, não fique parada aí. Sente-se na máquina. Fique a vontade. – disse ela, gesticulando para a monstruosidade a minha esquerda. Não me lembro de ter visto alguma vez uma máquina tão grande. Pelo menos, não para fazer radiografias.
Fui me dirigindo para a máquina, onde me sentei e me acomodei. Enquanto isso, toda a minha conversa com o homem delirante do corredor passava pela minha cabeça. Líquido azul. Não tomar. Certo. Não é? A verdade é que estava em um dilema. Em que acreditar? Ou melhor, em quem? Em Agatha e no louco do corredor, ou... bom, ou no resto das pessoas,que me chamavam de querida e que, pelo o que vi, viviam sorrindo. Meu cérebro estava dividido em duas partes. Na parte boazinha, que me dizia para acreditar em todos menos na Agatha e no louco do corredor, que eu deveria ser prestativa e que deveria colaborar. E na parte má, que mandava a boazinha calar a boca.
- Esse líquido faz parte do exame e você terá que tomá-lo Suzannah. – disse a mulher. Peraí, como ela sabia meu nome? O lado mal entrou em polvorosa.
- Co- como a senhora sabe meu nome? – perguntei, antes que pudesse conter as palavras.
- Ah querida, não precisa me chamar de senhora. Sou a Dra. Hotchkins. Mas pode me chamar de Valerie. – disse, sorrindo. Por um minuto, quase acreditei naquele sorriso. Quase.
- Valerie. Certo. Hum... Valerie, como sabe meu nome? – perguntei, sem jeito. A verdade é que eu estava tentando ganhar tempo. Tentando decidir se escolhia o lado bom ou o lado ruim do meu cérebro. O lado ruim estava ganhando de lavada.
- Enquanto estava em coma, fui sua médica querida. Fui eu quem cuidou de você, ministrou seus remédios, verificou seus sinais vitais. Basicamente, eu sou grande parte da razão de você estar aqui hoje. – Valerie sorriu. Não gostava daquele sorriso. Tinha algo de perturbador. Ou talvez, eu estava ficando paranóica. Como o homem do corredor.
- Obrigada... eu acho... – murmurei. Talvez eu estivesse ficando mesmo paranóica. Talvez eu estivesse completamente enganada e todos aqui estavam querendo me ajudar. Talvez, estivesse me preocupando a toa, enquanto deveria tentar colaborar ao máximo. Talvez, Lílian e Kourt fossem meus pais e eu tivesse sofrido um grave acidente. “É e talvez Elvis não tenha morrido” falou o lado mal do meu cérebro. Droga, eu não conseguia chegar a uma conclusão. Meu cérebro parecia um ringue de boxe.
- Não há o que agradecer querida. – disse Valerie, obviamente sorrindo. – Agora, vamos começar o seu exame não é? Primeiro, beba o líquido. Ele é um corante que irá nos ajudar a ver melhor os resultados da sua radiação. É como uma anestesia geral. Você dormirá durante o exame e acordará no quarto. Tudo muito simples.
E agora, o que fazer? Minha cabeça estava a mil, ambos os lados gritando suas opiniões para mim. “Corra!”. “Não, fique e faça o exame!”. “Não beba esse troço!” “Beba!”. “Essa mulher é má!”. “Ela só está ajudando. Ela te trouxe de volta do coma!”. Ai. Logo, logo, teria uma enxaqueca. Das grandes.
- Vamos querida. – disse Valerie. – Quanto menos demorarmos, mais rápido será o exame e mais rápido poderemos tirar você do hospital. – ela me estendeu o frasco, o líquido azul brilhando dentro dele.
Ah Meu Deus, o que eu fazia? Não poderia sair correndo, me pegariam facilmente. Também não poderia gritar por ajuda, pois ninguém me ajudaria. Na verdade, eu provavelmente ganharia um sossega leão e uma hora na ala psiquiátrica. Também não queria tomar o líquido. O que aconteceria comigo? De repente, me dei conta. Não sabia o que aconteceria comigo, mas com certeza não poderia ser pior do que ficar em coma. Para quem ficou 4 meses, tomar um treco azul era fichinha. Talvez eu me transformasse em um Smurf no final.
- Suzannah querida, ande logo. –disse Valerie, já impaciente. – É apenas uma radiografia querida. Tudo isso é apenas para o seu bem, para te ajudar. Façamos assim: Faça o exame e quando você acordar prometo que responderei pessoalmente todas as suas perguntas. Não negarei respostas. Mas tome o corante. Não se preocupe, é tão rápido que não dá para reparar. Será como se não tivesse acontecido. – ela me estendeu o frasco novamente, dessa vez decidida.
E o que eu poderia fazer? Dar um tapa na cara dela? Sair correndo? Não no meu estado de recém saída do coma. Seria infantil e muita burrice tentar. Nesse momento, eu não tinha chance a não ser colaborar.
Então, engoli meus medos e meus piores temores, tranquei o lado mal do meu cérebro em uma gaveta e joguei a chave fora, respirei fundo e peguei o frasco. Olhei para o líquido azul brilhante enquanto repetia mentalmente: “Será como se não tivesse acontecido, será como se não tivesse acontecido...”. O lado ruim do meu cérebro, agora em quarentena até tentou se manifestar, mas eu não dei ouvidos. Encostei o frasco nos lábios e olhei para Valerie. Ela me olhava ansiosamente. E então, sem pensar em mais nada e ávida por calar as vozes em minha cabeça, entornei o vidro. O líquido desceu pela minha garganta, minha visão ficando instantaneamente turva. E então, afundei em meu subconsciente.
A última coisa de que me lembro é dos lábios de Valerie abrindo-se em um sorriso.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

F**cking Perfect!


Isso é mais um desabafo (nem feliz, nem triste, apenas um desabafo. Ah, ele pode ser meio longo) do que qualquer outra coisa. Então, se não entenderem algo, raise your glasses! #momento P!nk off. E, antes que eu esqueça, essa semana foi meio corrida para mim, então no decorrer desta, vou postar o próximo capítulo da história. Estou pensando em fazer uma página só pra ela! O que acham? Responde lá na enquete please!!!
Enfim, esses dias eu ando meio filosófica sabem, pensando no que e em quem eu realmente quero na minha vida. E eu cheguei à conclusão de que eu preciso fazer uma limpa. Nas coisas e nas pessoas.
Eu sempre me importei demais com a opinião alheia principalmente com a opinião das idiotas sem cérebro da minha sala e sempre me deixei que isso me afetasse. Quantas vezes eu já não mudei uma opinião, um look ou outras coisas idiotas por causa dos outros? Quantas vezes eu já não me magoei para não magoar o próximo? Vixe, já perdi a conta... E, analisando agora, tudo isso foi realmente estúpido. Minha vida, meus problemas, meu jeito. O que me importa se a idiota/metida/sem cérebro menina que eu não falo muito da minha sala não gosta do meu jeito, do meu estilo, do meu cabelo que tem vontade própria? Eu levanto as mãos aos céus e agradeço por não ser como ela. Por não ser como ninguém. Por ser única e insubstituível (Firework- Katy Perry).
O que eu quero mesmo dizer é, eu tinha esquecido de mim mesma e de como minhas opiniões são mais importantes pra mim, do que as dela. Eu havia me esquecido basicamente #momentotriste. A verdade é que eu estou melhorando, aos trancos, mas melhorando. Todos nós caímos do cavalo né? Por exemplo, hoje fui eu, que na 1ª aula de Oratória fui a 1ª pessoa a ser chamada e tive que falar diante da sala, em cima de um palquinho improvisado. Na real, eu falo muito bem em público e não dou ataque de pânico. Mas hoje, bem hoje, eu dei. Fiquei nervosa, subi, tropecei em minhas próprias palavras... resumindo, foi uma @$&*&**@! "E porque?",vocês podem perguntar. Porque as idiotas que não vão com a minha cara estavam me encarando. Fiquei com uma raiva depois que desci! O professor falou todos os erros que eu tinha cometido e os próximos fizeram tudo certo, por causa disso. Meu, que ódio mortal!!!
De repente vi que meu ódio estava mal direcionado. Eu fiquei lá, era minha vez, e elas podiam estar até pensando algo ruim sobre mim, mas e daí? WHO CARES? Eu deveria ter falado : What the Hell e continuado. Eu dei mais importância para o que elas poderiam estar pensando ao invés de me importar comgio e com quem realmente se importa com o que eu penso. Tinha esquecido de como eu sdou F**CKING PERFECT! Não dei bola para a minha "lista de amigos". E quer saber, essa lista é beeeeeeeeeeem maior do que a delas! hehehe ;D

Bites and Kisses

domingo, 30 de janeiro de 2011

The Truth : Suas memórias não estão mais seguras.

Aviso: Vou começar a postar os próximos capítulos apenas nos domingos todo domingo. Então, para quem tem probleminha - hehehe não entendeu, domingo é dia de história. Nos demais dias, as postagens serão normais ( ou seja,não histórias-dã!). Ah, só para esclarecer, a foto é um corredor escuro. E PLEASE, não se esqueça, leia do 1° capítulo pra cima!



Capítulo Dois

- Suzannah? Suzannah! Oh, querida você acordou! Kurt! Kurt! Venha aqui! – berrou no corredor a mulher a minha frente. Alta, magra, aparentando um 38 anos, com longos cabelos loiros e curvas de dar inveja. Pela voz, vi que a linda dona daquele corpo era Lílian.
- Quê? O que foi Lily? – disse Kourt, tentando recuperar o fôlego. Kourt, assim como Lílian, poderia ser modelo de cuecas Calvin Klein. Alto, musculoso, igualmente loiro, na casa dos 35 mais ou menos, ele era tão lindo quanto sua mulher. O tipo de casal que faria convidados de festas sentirem um forte golpe na autoconfiança só por estarem no mesmo ambiente. Gente muito Hollywood, que eu adoraria ser vista andando junto, tirando o fato de eles saberem quem eu era, mas eu nunca tê-los visto na vida.
- Bem, veja quem acordou! – disse Lílian, apontando para mim e sorrindo. – Você dormiu muito Bela Adormecida!
- Olá – disse Kourt. – É bom vê-la finalmente acordada! Como está se sentindo?
- Err... – foi só o que consegui dizer.
- Ah querida, você deve estar tão confusa. Eu entendo. Eu vou... Eu vou chamar o Dr. Reynolds! – disse Lílian por fim, saindo do quarto apressada.
- Então – disse-me Kourt. – O que acha?
- Hmm, do que exatamente? – ugh, minha voz estava tão errada! Parecia uma soprano rouca. Como se não a usasse há muito tempo.
- De tudo! – disse Kourt, gesticulando para o quarto. – De mim, de Lílian, de tudo!
- Bom... Hmm. É... Confuso. – eu estava lutando com as palavras. Mas confuso era provavelmente a melhor para descrever o que eu estava sentindo.
- Bem eu não esperaria menos do que confusão. – disse uma voz, vinda da porta. –Você ficou desacordada por muito tempo.
- Muito... Tempo? – eu falava com lentidão. Meu cérebro estava uma bagunça, todo confuso e nublado. Me perguntei se a morfina seria a culpada por essa neblina.
- Oh sim, realmente um longo tempo. Precisamente 4 meses e 7 dias. – disse o homem. Reparando agora, vi que deveria ser o tal Dr. Reynolds. Alto e esguio, mais do que se esperaria de um senhor que deveria estar na casa dos 60, Reynolds era uma figura e tanto. De jaleco branco e segurando uma prancheta, ele me examinava com olhos curiosos e atentos. Odiaria me deparar com uma figura assim em uma rua escura.
- Quatro meses! – disse espantada. – Mas o que houve comigo?
- Calma, explicarei tudo depois. – Reynolds tentava me acalmar. Quanto mais fazia isso, mais nervosa eu ficava. – Primeiro, teremos de fazer testes de rotina. Você sabe, para checar se você se recuperou.
- Me recuperei do quê? – perguntei irritada. – Mas que droga, o que houve comigo? – agora a neblina em meu cérebro estava se dissipando e eu podia mostrar exatamente o nível de raiva e indignação que estava sentindo.
- Já disse que explicarei depois! – Reynolds disse com autoridade. Algo em seus olhos me fez vacilar. Decididamente não gostava desse homem. – Agora minha querida, descanse que mandarei uma enfermeira vir te buscar para fazer os exames. - estava claro que ele se controlava agora, provavelmente para não explodir como havia feito.
- Que exames são esses? – perguntei cautelosa. Se fosse para escolher em quem nessa sala eu duvidaria, Reynolds seria disparado a primeira opção.
- Querida, sabemos que está confusa, mas deixe o Dr. Reynolds trabalhar. Ele sabe o que está fazendo e foi ele quem tem te ajudado a melhorar até agora – disse Lílian, tomando a iniciativa antes que o médico se descontrolasse mais uma vez.
- Mas... – comecei a dizer.
- “Mas” nada mocinha. Você vai é descansar até a enfermeira chegar. – no exato momento em que Kourt disse isso, uma enfermeira entrou no quarto.
- Ah, ótimo. - sorriu Reynolds, obviamente aliviado. - E, para que você não fique apreensiva de novo, te digo o que vai acontecer. - disse o doutor, me olhando com severidade nos olhos. - Você irá fazer radiografias onde terá que tomar um líquido azul, que fará com que os resultados sejam mais precisos. Agora, aos exames.
Fui levada por um corredor que parecia não ter fim. Conforme via as lâmpadas no teto passarem despercebidas, tentava por algum sentido em tudo aquilo. De repente, a enfermeira parou de empurrar a maca e me disse para levantar. Sentei, me sentindo tonta, e ela me ajudou a levantar. Assim que meus pés tocaram o chão, vacilei.
- Opa! – disse a enfermeira sorrindo. – Firme aí querida! Não queremos mais curativos não é mesmo? – porque todos me chamavam de querida o tempo todo? Estava começando a me irritar.
Apenas meneei a cabeça e comecei a andar, ainda apoiada em seus ombros. Ela me conduziu para uma sala mal iluminada e com cheiro de mofo, que me fez querer sair dali no momento em que entrei. Me segurando para não vomitar ali mesmo, ela me conduziu para uma cadeira, que se encontrava disposta ao lado de várias outras, onde pessoas que fitavam o chão ou tinham o olhar perdido estavam sentadas.
- Se precisar de qualquer coisa, é só falar com a Debby. – disse a enfermeira apontando para uma mesa vazia. – Ela deve voltar a qualquer momento. Espere aqui que outra enfermeira vai chamar seu nome. – instruiu- me. - Assim que ouvi-lo, siga o corredor e entre na segunda porta a esquerda, tá?
- Segunda à esquerda. Tá. – murmurei indiferente.
- Ótimo. – disse ela. – E querida, mais uma coisa: não preste muita atenção ao que estas pessoas disserem. São pacientes em estado pós-traumático e não se encontram em seu perfeito juízo. - com isso, deu meia volta e saiu pela porta em que entramos.
Parei então, para olhar ao redor. A sala consistia apenas em uma mesa de escritório muito bem arrumada, como se não fosse usada a tempos, um bebedouro e das infinitas cadeiras ocupadas por várias pessoas. Foi então que uma delas me chamou a atenção. Era uma senhora, velha o bastante para ser minha avó, que se sentava a duas cadeiras de distância. Ela tremia apesar de não fazer frio e segurava um terço, murmurando palavras inteligíveis. Só então eu percebi que ela tremia de medo. E então, reparei que não era apenas a senhora que se encontrava nesse estado. A maioria das pessoas estava quieta, porém nervosa, como se esperassem que algo de ruim iria acontecer a qualquer instante. “Pacientes em estado pós-traumático” dissera a enfermeira.
- Você é novata aqui? – quase morri de susto. A mulher ao meu lado falou comigo tão baixo que não tinha certeza se realmente tinha acontecido.
- Sou. – respondi, no mesmo tom baixo.
- Hmm. – disse a mulher. Reparei então que era uma senhora. Deveria ter uns 80 anos, tinha cabelos brancos como a lua e usava roupas puídas. Se passasse por mim na rua, poderia pensar que era uma sem-teto.
- Freddy Kingsley. – chamou uma voz do final do corredor. No mesmo instante, um garoto com no máximo 10 anos se levantou da cadeira e, chorando, seguiu pelo corredor. Quando ele se foi, vi o homem que estava ao seu lado suspirar com pesar.
- O que houve com ele? – perguntei a mulher ao meu lado. – Porque está chorando?
- Agatha. – limitou-se a murmurar a senhora.
-Como disse?- indaguei
- Agatha. - tornou a dizer. - Meu nome. Meu verdadeiro nome.
- O que quer dizer? – perguntei curiosa. – O que quer dizer com o seu verdadeiro nome?
- Me chamam de Aggy por aqui. Dizem que Agatha é muito grande, muito ruim de falar. Mas sempre falam isso.
- O que você quer dizer. – murmurei confusa. – Eu não estou entendendo.
- O menino que acabou de sair, Freddy. O nome dele é Frederico. Assim como todo mundo, diminuíram o nome dele também. Qual o seu verdadeiro nome? Você ainda deve se lembrar é novata pelo jeito. Eu faço um esforço enorme para lembrar o meu. Tenho que ficar repetindo constantemente para evitar esquecê-lo.
- Suzannah. Meu nome é Suzannah. E só tenho um, não me chamam de mais nada. Realmente não estou entendendo nada do que a senhora está dizendo. Por favor, explique. – pedi.
- Então você ainda não sabe? – perguntou Agatha admirada.
- Não sei o que? – retorqui.
- Deixe- me te perguntar uma coisa Suzannah: Como você veio parar aqui? Você sabe me dizer isso? Do que você se lembra antes de acordar no quarto hein? Nada, não é mesmo?! É porque não pode lembrar Suzannah. Eles apagam tudo, até o último pedaço de memória.
- Mas do que você está falando? Vo... Você é uma paciente com sintomas...
- Pós-traumáticos? É, disseram isso pra mim quando vim para cá da primeira vez. Alías, dizem isso para todos na primeira vez. – disse Agatha triste.
- Mas... Mas não é verdade. O que você disse, de não se lembrar de nada antes de acordar aqui. Eu me lembro de algo. Bom, na verdade não sei bem se é uma memória, uma lembrança. É mais como uma lembrança de um sonho. Uma voz de menino que me diz que não é real. Que é para eu me lembrar da verdade.
- Ah Meu Deus! Você é uma errata! – disse Agatha, verdadeiramente surpresa.
- Como disse? – perguntei. Ela havia me xingado ou algo do tipo? Errata era disso que ela me chamara?
- Escute Suzannah, você tem que fugir daqui! Saia correndo e não fale com ninguém!
- Mas como assim! Como vou fugir? E vou pra onde? – comecei a ficar realmente assustada. Será que eu estava falando o tempo todo com uma louca. Vai ver que eu estava numa ala psiquiátrica.
- Aggy. – chamou a voz do corredor.
- Ouça Suzannah, fuja!- disse a senhora com pressa agora. - Não deixe que a peguem!
- Aggy. – chamou a voz novamente, dessa voz um pouco mais incisiva.
- Corra Suzannah! - disse Agatha, se dirigindo ao corredor.
- Mas e a senhora? – perguntei meu tom de voz uma oitava mais alta por causa do surto de adrenalina. – Vai ficar bem?
- Vou. – disse Agatha. - Já faço parte disso há algum tempo infelizmente. E Suzannah... - disse ela, virando-se para mim agora. - Não importa o quanto te perguntem, nunca conte a eles sobre a sua memória
-Minha memória? - perguntei confusa. - Você quer dizer a frase de que me lembro? Agatha espere! – falei mais alto agora, já que ela desaparecia pelo corredor, assim como o garoto.
- Eu não falaria tão alto se fosse você. - disse um homem que se sentava perto de mim. - Só irá chamar atenção para você mesma. Não é algo que a maioria quer por aqui.
- Mas... mas aquela senhora... Agatha me mandou fugir e... eu não sei... eu estou tão... confusa. – consegui dizer finalmente. Não sei se acreditava ou não na mulher. Por enquanto, optaria por não.
- Todos estamos. - disse-me o homem. - Mas deixe eu te fazer uma pergunta...
- Suzie. - chamou a voz do corredor, interrompendo a fala do homem ao meu lado. Levei um minuto para perceber que ela chamara meu nome. Comecei a tremer.
- Já te falaram do líquido azul? – perguntou- me o homem.
- Sim, acho que sim. - disse, me levantando da cadeira mesmo que morta de medo. Não queria que a voz me chamasse de novo, como havia feito com Agatha. - Disseram que eu teria que tomar para fazer a radiografia.
- Hahahahahahahaha... - o homem ao meu lado começou a rir histericamente. -Radiografia! Hahahahahaha! Essa é boa! – dizia o homem, se contorcendo de tanto rir. - Líquido azul! Líquido azul!
- Suzie. – chamou a voz do corredor. Comecei a andar rapidamente, deixando para trás o homem que ainda delirava, falando do líquido azul.
“Pacientes em estado pós-traumático” lembrei-me, enquanto girava a maçaneta da segunda porta a esquerda. São apenas pacientes em estado pós-traumático.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

The Truth : Suas memórias não estão mais seguras.

Nota: Se for reproduzir esta história, por favor avisar e copiar o link. Todos os personagens são fictícios. Esta história se chama "The Truth" que significa "A Verdade". Leia do primeiro capítulo para cima.



Prólogo

“Não é real. Não esqueça da verdade.” É só do que me lembro. E depois tudo ficou negro.

Capítulo Um

Hospital Sendridge, Londres. 3h 45 pm

O sol batia em meu rosto. Tentava pedir para alguém fechar a cortina mas meus pedidos eram apenas murmúrios. E então veio a dor. Começou na minha perna e foi lentamente se espalhando pelo resto do meu corpo. Quando chegou á cabeça, ficou insuportável. Onde eu estava? Deveria doer tanto assim? Fiz um enorme esforço para me mexer sem abrir os olhos, represando a dor, e quando finalmente consegui, senti algo apertar a minha mão.
- Suzie querida? Está acordada? Consegue me ouvir? – ouvi alguém dizer. Pela voz era uma mulher.- Será que ela está bem Kourt? – ouvi a moça falar, com a voz baixa e entrecortada de quem estava a beira de um ataque de choro.
- Só podemos esperar. O doutor Reynolds disse que ela ficaria bem. Que dormiria muito por causa da morfina.
- Oh Kourt, será que devíamos ter feito isso? – disse a mulher, chorosa.
- Não sei querida. Sinceramente não sei.

Hospital Sendridge. 14h 37 am

- Corra! Suzannah corra!- disse o anjo.
- Não posso. Não consigo. – tentava berrar mas meus gritos saíam como murmúrios.
- A verdade. Suzannah, não se esqueça da verdade. – implorava o anjo. Eu queria abraçá-lo. Dizer que tudo ficaria bem. Mas não conseguia. O terror vindo de seus olhos era tão intenso que sabia que não ficaria bem. Não até correr.
- Que verdade? – perguntei desesperada ao anjo.
- Não é real. – ele me disse.Passos. Alguém estava vindo. Da garganta do anjo veio um grito abafado, recheado de terror. Eu precisava ajudá-lo. Não podia deixá-lo ali.
- Venha comigo. Rápido! – gritei para o anjo. Mas ele não se moveu.
– Vamos, temos que sair daqui. – o medo se apoderava de mim. Afinal, o que exatamente estava vindo?
- A verdade. Apenas se lembre da verdade. – gritou o anjo, enquanto via sua figura clarear. Levei um minuto para entender que ele estava desaparecendo.
- Não, espere! – gritei, mas era tarde demais. Morta de medo, virei para tentar ver do que estaria prestes a correr. Então, ouvi um tiro e fui engolfada pela escuridão.

Hospital Sendridge. 14h 45 am

Acordei assustada. Então, foi apenas um sonho! Lágrimas corriam pela minha face mas não me mexi para tirá-las. Estava assustada demais. Parecera tão real. Mas em geral os sonhos são assim, não são? Só vemos que tinha algo errado quando acordamos. Minha testa estava coberta de suor. Meu cabelo estava amarfanhado no travesseiro e quando fui me sentar, reparei onde estava. Era um quarto de hospital. Pelo menos, parecia com um. Havia a cama onde estava deitada no centro, um criado mudo ao lado desta com flores, um telefone e um relógio mostrando que eram duas horas da tarde. Na parede a frente, havia um mural onde se lia Hospital Sendridge. A esquerda havia uma grande janela, que dava de frente para um parque. A direita, uma porta que deveria ser o banheiro, um tapete, um pequeno sofá e a porta. No geral, era até luxuoso. Ouvi um bipe. Aquilo me sobressaltou e eu reparei que vinha de uma máquina ao meu lado. Só então me dei conta de que estava ligada a um série de tubos.Então, parei. Só agora a realidade me atingia.
O que havia acontecido comigo? O que estava fazendo em um hospital? Um acidente? Não, não me lembrava de ter sofrido um acidente. Na verdade, não me lembrava de nada. Como havia chegado ali? Entrei em pânico. Não conhecia aquele lugar.De repente, a maçaneta girou. Não sabia o que fazer então, deitei rapidamente e me virei para a janela, fingindo que dormia.
- Não falem nada quando isso acontecer. Apenas me chamem. A verdade pode ser um tanto quanto avassaladora não concordam. – disse uma voz masculina. Havia um certo tom de ironia em sua voz rouca ou era impressão minha? Poderia jurar que no final da frase ele havia piscado.
- Sim doutor Reynolds, entendemos perfeitamente. – disse uma voz feminina. Reparei que era a mesma voz que tinha ouvido antes de dormir.
Ouvi o barulho da porta sendo fechada. Passos se aproximaram da minha cama. Senti o olhar de alguém nas minhas costas. Mãos afagaram meu rosto. A tentação de abrir o olho era imensa, mas eu a reprimi.
- Será que ela vai acordar logo?- disse a mulher.
- Não sei. O doutor Reynolds disse que seria logo. Diminuíram a dose da morfina.
- Ela vai entender, não vai? Quer dizer, será fácil não é? – perguntou a mulher, preocupada agora.
- Espero que sim. Tudo está conforme foi planejado. – disse o homem em um tom distraído.
- Mas e se ela desaparecesse? – disse a mulher apreensiva.
- Bom, se isso acontecesse, creio que ela não seria a primeira não é mesmo?
- Eu ouvi rumores. Uma criança na França se foi. Juntou-se ao grupo de abortados. Os pais mandaram procurar em todo canto, mas ela não foi encontrada. A punição foi severa para eles. Dá para entender, eu acho. Quero dizer, se elas realmente sabem o que está acontecendo, não podem arriscar. E se fossemos nós?
- Eu já lhe disse. Devemos esperar pelo melhor. Acho que se isso acontecesse, deveríamos ser inteligentes e ir junto. – disse ele em um tom sério.
- Você só pode estar brincando Kourt. Diz pra mim que é brincadeira. – disse a mulher, agora séria também.
- Não Lílian, sinceramente não estou. Começo a me perguntar porque nos envolvemos nisso. Thiago se foi junto com Rose. Acho que na verdade ele que deu a idéia. Porque não poderíamos fazer o mesmo?
- PORQUE EU NÃO QUERO MORRER. SABE O QUE FIZERAM COM OS FRANCESES QUE NÃO ENCONTRARAM A FILHA? EU NÃO VOU MORRER. E VOCÊ TAMBÉM NÃO – berrou Lílian.
- Nesse caso, devemos apenas esperar pelo melhor. Vou buscar um café. Volto já. – disse Kourt, decididamente encerrando a conversa.

Hospital Sendridge. 16h 13 am

Não havia ruído no quarto exceto pelo bipe contínuo que a máquina ligada ao meu coração produzia (descobri que estava ligada ao meu coração por causa de uma enfermeira que havia vindo me examinar minutos atrás. Lílian havia acompanhado o meu check-up e perguntara para que servia a máquina.) Enfim parecia seguro me virar para o lado da porta. Nas últimas horas eu ficara deitada em direção a janela, apenas tentando ouvir mais conversas. Infelizmente nada de importante havia sido mencionado depois de encerrada a briga entre as duas pessoas que eu conhecia apenas pelo nome, Lílian e Kourt. Levantei lentamente, o torpor tomando conta de meu cérebro. Respirei fundo, me demorando bastante para poder me acalmar. Agora, eu tinha que pensar com clareza.
Não sabia como nem porque havia parado em um hospital. Não sabia quem eram Lílian, Kourt, doutor Reynolds, Thiago ou Rose. Não entendia direito o motivo da briga do aparente casal e francamente, não sabia se realmente queria entender. Sabia apenas que eu estava na conversa e que ambos tinham medo de que eu descobrisse algo e assim, fugisse para me juntar a um grupo aparentemente chamado de “abortados”. Eles não eram meus pais. Disso eu sabia. Por mais que eu fuçasse meu cérebro, não conseguia me lembrar de meus pais, mas tinha certeza de que não eram eles. Algo nos dois me assustava, o fato de não os conhecer mas ao mesmo tempo, ter a sensação de que os conhecia de algum lugar, como uma lembrança, ou uma memória a muito esquecida. A questão então era basicamente, o que havia acontecido comigo. Não me lembrava de nada antes de acordar no hospital. Não, na verdade, eu me lembrava apenas de uma coisa, uma frase dita por alguém cujo rosto eu desconhecia: “Não é real. Não esqueça da verdade.” É só do que me lembro. E depois tudo ficou negro. Frase esquisita para uma última lembrança. Quer dizer, o que não era real? Que verdade? De repente me lembrei do sonho, do anjo me implorando para não esquecer da verdade. Poderia Ter sido ele que me disse a última frase que me lembro antes desse hospital? Não sabia. Sabia apenas tinha que descobrir a verdade logo. A verdade do anjo, que algo não era real e a minha verdade, como havia chegado aqui. A porta se abre e eu tenho apenas alguns instantes para me decidir. “É agora”, penso. Então, me deito na cama e fecho os olhos, determinada a descobrir a verdade. Toda a verdade.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Selinho!


Recebi esse selinho da dona do incrível blog Estou Lendo. Larii muuuito obrigada.
Antes de mais nada, só para deixar claro, esse post é só para divulgar o selinho. O post mesmo (se é que isso faz sentido) é o de baixo, sobre o Golden Globes!!! Senti necessidade de explicar porque muita gente entra no blog e só vê o primeiro post e normalmente quando é sobre selinhos e a pessoa não esta inclusa, sai do blog. Então, antes de sair, veja também os outros posts! Thanks

Bom, a regra é indicar para oito blogs então aqui vai:

The door of Soul

Dado cor de Rosa

United Thoughts of Kath

Sorvete de Pistache

Detestado Diário

Minha vida, Minha história

Agridoce

Corah Gerab

A moda da não moda ou simplesmente: Porque eu amo Helena Bonham Carter


A cerimônia da entrega do Globo de Ouro foi ontem á noite, onde vários hits que vão pegar nesse verão foram mostrados. Muitos vestidos em tons de verde e pêssego, cabelos presos em coques certos e bem definidos. Tudo igual, sempre a mesma coisa, até que tchantchanthcanthcannnn #okpareeei: Chegou a minha diva, minha musa e minha inspiração, Helena Bonham Carter. Quando esse ser (que é o melhor que eu posso dizer para definir o que ela é) saiu do carro com aquele cabelo eu não me contive. Comecei a rir histéricamente. Porque tem que ser a Helena para usar um cabelo que parecia que ela acabava de sair de um coma de 30 anos, um vestido que eu não tenho palavras e sapatos de cor diferente. O momento em que ela saiu do Range Rover no qual ela chegou na premiação valeu a noite por mim.



Essa moda de não moda descreve basicamente a minha personalidade: nada certinha, nem aí pro que os outros vão comentar e com a certeza de que mesmo parecendo que acabou de cair de 20 andares, continua diva. Esse é um dos muuuuitos motivos pelos quais eu amo a minha eterna Belatriz Lestrange!
Agora, deixando de lado essa...err....excentricidade peculiar da minha diva (sorry por falar tanto diva -hehehe não consigo me conter), as mais bem vestidas para mim foram:

1º lugar: Natalie Portman



2º lugar: Eva Longoria



3º lugar: Anne Hathaway



Para mim, as três usaram vestidoss lindíssimos e foram as melhores "normais" da noite. Além dos vestidos serem totalmente fashions, eles possuem um desenho e padrões de cores maravilhosos.

Meu Sweet Sixteen com certeza será passado A Lá Helena Bonham Carter!!hehe

That's All Folks

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Amigos para siempre la lalaialaialaia



Como eu disse no post anterior, minha amiga Katharina (pessoinha da foto acima!) fez um blog recentemente e agora, ao invés de passar somente o link para vocês, achei melhor postar o primeiro post dela aqui no meu blog e no final, colocar o link para vocês visitarem. Lembrando que o blog dela é novo, portanto tem apenas uma postagem (que aliás é genial). Assim como ela, eu me senti triste por não ter um namorado por muito tempo. Isso parou porque agora estou. Mas acredito que não sejamos apenas nós que nos sentimos assim. Então, aqui vai um pouco do wisdom de uma das melhores pessoas que eu já conheci! Beijos Kath. Saudades mil.


sábado, 8 de janeiro de 2011

Quem disse que ja eh hora?
Outro dia fui a dermatologista junto com a minha mae (o pc que eu estou escrevendo nao tem acentos :\ #fail) e a medica me pergunto: Ja ta namorando??
Nao sei porque as pessoas (geralmente aultos) fazem isso, eu digo, ok se perguntao isso para uma menina que ja esta namorando alegre com o seu relacionamento, mais e chato para pessoa que, como eu, ainda nao tem ninguem! E comigo nao foi so a dermatologista, foi tambem aqueles parentes distantes, a tia da minha mae, a manicure, amigos dos meus pais..... gente!! Parece que quando voce chega em uma determinada idade todos ja esperam que voce ja tenha um namorado (tenho 15 anos por exemplo), mais isso muda de acordo com a pessoa!
E quando voce vai responder a pergunta tem de soar confiante com a "escolha" de nao ter nenhum namorado, como se isso nao te interessase.
Para falar a verdade, me sinto mal e envergonhada sempre que me perguntam isso, principalmente porque, eu tenho vontade de ter um namorado, alguem que esteja la te apoiando, que mesmo se voce estiver com a cara cheia de espinhas vai de dizer que voce esta linda!! Sei que nenhum homem eh perfeito, mais sim existem aqueles que realmente amam a namorada.
Fico feliz pelas minhas amigas que "arrumaram" um namorado e estao felizes no relacionamente, e querendo ou nao, sempre fico com aquela pontinha de inveja, porque eu tambem quero sentir essa felicidade delas, de saber que alguem mais do que minha familia e amigas gostam de mim! E alem disso um beijinho e sempre bom, nao!!! shuahsuahsuahs
Mais para essas pessoas que adoram perguntar se voce ja esta namorando eu digo: PAREM!! Para quem nao esta namorando isso eh so mais um lembrete de que a pessoa esta sozinha, de que alguma forma a pessoa nao eh "boa o bastante" para ter alguem!!
E isso nao eh verdade, o que acontece eh so que a cara metade da pessoa anda com todas as meninas erradas, e que um dia ,cedo ou tarde, ele vai perceber isso.
Entao companheiras desacompanhadas (#fail) nao desanimem porque um dia quem sabe, enquanto voce colhe frutinhas na feira voce nao acha o seu principe encantado!!


BEIJOOS MIL

www.unitedthoughtsofkath.blogspot.com

domingo, 9 de janeiro de 2011

Morgando nas férias...


Sabe quando chega aquele tempo de férias e você não vê a hora de descansar?!?! Pois é, essa sou eu nesses dias!! Por isso não tenho atualizado o blog. Na verdade agora eu estou passando o meu tempo livre lendo aqueles livros que não deu pra ler durante o ano por causa da escola e estou aprendendo a tocar violão!! êêêêê \0/
Mas então, já que eu voltei, vamos antes de mais nada, às novidades: 1º Eu escrevo muitas histórias e vou começar a postá-las aqui!!! Uhuu (#fail) 2º Caso eu venha a parar por um tempo de escrever no blog, eu gostaria de poder avisar vocês pelo e-mail, ao invés de passar em todos os blogs avisando todo mundo. Então, se puderem, por favor deixem no comentário do blog o e-mail de vocês. Pode ser o e-mail do blog, um alternativo mesmo. 3º Uma amiga muito querida minha, na verdade, praticamente minha irmã, está viajando pela europa e como ela tem família na Alemanha, tá passando o fim das férias lá. Agora, ela fez um blog também e que, apesar de ter somente um post, promete muuuuito. Queria pedir para todos os meus seguidores que dessem uma passada por lá e comentassem e seguissem. Vou ressaltar denovo que o blog é recente e que por isso, tem apenas jum post por enquanto. Todos já tiveram o primeiro post e entendem o quanto é importante ter seguidores e comentários, pois são eles que nos fazem postar no blog! Esse é o link: www.unitedthoughtsofkath.blogspot.com Conto com o apoio de vocês!!!

Bites and Kisses